domingo, 20 de março de 2011

Musicoterapia

História/Origem

Pensa-se que a musicoterapia terá sido descoberta aquando da descoberta do fogo, pelos nossos antepassados. Conta-se que ao bater com uma pedra noutra, ouviram o som eu esse gesto fez e sentiram que esse som lhes aliviava a fúria. Desde então, sempre que se encontravam furiosos ou zangados/chateados, repetiam o gesto. Para eles já era como um método terapêutico.
Contudo, só depois da II Guerra Mundial, é que a música como terapia teve início para fins científicos e terapêuticos.
O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na “Michigan State University”. Hoje esta terapia está implantada em mais de 40 países e existem mais de 130 cursos, desde graduação a douoramento.

Definição
           
Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas.
            A Musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele ou ela alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento.” – (Definição Oficial da Federação Mundial de Musicoterapia)

Modo de Aplicação

A musicoterapia pode ser aplicada a diversos tipos de pessoas, mas os grupos mais usuais são pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com paralisia cerebral, deficiência mental, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, idosos e gestantes.
Existem dois processos fundamentais para a aplicação da musicoterapia: processos receptivos e processos activos.
Nos processos receptivos, é o musicoterapeuta que toca determinado instrumento para o paciente. Este processo, normalmente, só é utilizado quando o paciente apresenta elevado grau de dificuldades motoras ou apenas em parte do tratamento, com objectivos específicos.
Nos processos activos, utilizados na maioria dos casos, é o próprio paciente que toca os instrumentos, canta, dança ou realiza outras actividades com o terapeuta.
Os instrumentos mais utilizados são o violão, o piano e instrumentos de precursão.

Modo Como Actua

Esta terapia actua essencialmente a nível psicológico, actuando sobre o sistema nervoso central, podendo produzir/provocar qualquer tipo de emoção ou sentimento, pode motivar a auto-expressão, ajuda a desenvolver a capacidade de atenção, estimula a imaginação, ajuda a desenvolver a memória e a criatividade, ajuda no sentido de ordem e orientação, facilita o processo de aprendizagem e estimula um elevado número de neurónios. E facilita o desenvolvimento da inteligência, promovendo o raciocínio por etapas.

Indicações

A musicoterapia é indicada para:
Ø  Idosos e asilos;
Ø  Atendimento domiciliário ou hospitalar;
Ø  Hospitais com doentes terminais;
Ø  Crianças com dificuldade de aprendizagem, concentração, relacionamento e hiperactividade;
Ø  Crianças autistas e com síndrome de Dawn;
Ø  Pacientes com paralisia cerebral;
Ø  Adultos que foram vítimas de AVC;
Ø  Indivíduos que em acidentes sofreram perda funcional do cérebro.

Contra-Indicações

A musicoterapia, tal como todas as outras terapias, também tem as suas contra-indicações.
Não deve ser utilizada em pessoas com epilepsia, pois em alguns casos o efeito da música pode desencadear as convulsões.
A música electrónica também não é aconselhada na maioria dos casos, uma vez que as suas propriedades são consideradas similares ao poder de alucinação das drogas.
Só deve ser usada em autistas, se forem devidamente acompanhados, pois se isso não acontecer e a pessoa passar muitas horas fechada a ouvir música, vai agravar ainda mais os efeitos de autismo.